domingo, 25 de julho de 2010

A Alternativa Surpreendente

"A felicidade que Deus destinou a suas criaturas superiores é a felicidade de serem livres e voluntariamente unidas com Ele e entre si mesmas, num êxtase de amor e prazer comparado com o qual o amor mais arrebatador neste mundo, entre um homem e uma mulher, não passa de uma coisa insípida. Mas para que isso aconteça, as criaturas têm de ser livres."

Cristianismo Puro e Simples - C. S. Lewis

quinta-feira, 1 de julho de 2010

quando vc conhece as coisas verdadeiras, eternas..
vc n se contenta mais com coisas passageiras, irreais...
tudo fica pequeno pro tamanho que sua alma ficou
por ter se enchido de tantas coisas boas

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Mudanças no Consumo


Está surgindo no mundo uma nova tendência de consumo. De acordo com uma pesquisa mundial divulgada no Brasil pelo Instituto Akatu no final de 2009, consumidores reconhecem as boas causas e estão cada vez mais dispostos a apoiar as marcas e empresas que as praticam, percebendo o poder que possuem para determinar as tendências do mercado.

Uma das mudanças de valores mais significativas é que encontrar felicidade em consumir parece fazer parte do passado. Apenas 16% dos consumidores ouvidos disseram tirar satisfação em fazer compras. Em 2008, eram 25%. Entre os consumidores brasileiros, a diferença é ainda maior: 29% disseram encontrar satisfação em ir às compras em 2008, enquanto em 2009 foram apenas 14%.

Esse cenário faz emergir um paradoxo para as empresas e para o mercado em geral: como atender as demandas de inclusão social e transformar a base do consumo no mundo? É necessária uma revolução nos processos industriais e isso inclui os aspectos relacionados ao consumo, que precisa urgentemente ser reinventado.

E é aqui que surge minha frustração. Durante o encontro desta manhã, onde estavam presentes CEOs de grandes multinacionais como Carrefour, Henkel, Banco da Índia e HTC, ficou muito claro que as empresas não estão preparadas para enfrentar as mudanças que estão em curso no mundo hoje.

Os grandes líderes de mercado parecem ainda ter dificuldade para entender o que está acontecendo de fato. O discurso e a prática destas empresas ainda estão baseadas em modelos ultrapassados, que vêem os custos ainda da maneira tradicional, deixando as externalidades para a sociedade.

E mais, não são apenas os grandes líderes do setor privado que demonstram essa dificuldade. Uma manchete recente num grande jornal diário mostra que pesquisadores e jornalistas também não entenderam as oportunidades que estão surgindo a partir das transformações que estamos vivendo. O título da matéria diz: “Só estagnação econômica pode reduzir aquecimento global, diz estudo”.

O relatório da Fundação Nova Economia (NEF, na sigla em inglês) explica que, segundo a Nasa, a agência espacial americana, a concentração máxima de gás carbônico na atmosfera para manter o aquecimento global dentro dos 2º C deveria ser de 350 ppm (partículas por milhão). E para atingir essa meta até 2050, a humanidade teria de reduzir sua intensidade de carbono na economia em 95%.

Então, o estudo classifica essa drástica redução na intensidade de carbono na economia como "sem precedente e, provavelmente, impossível", reforçando a defesa pela estagnação econômica. Porém, esse é um grande equívoco. Uma análise desse tipo está claramente baseada em uma visão ultrapassada de desenvolvimento.

As demandas provenientes das mudanças climáticas nos obrigam a repensar e recriar nossos modelos, com inovação e visão de futuro. É isso que estão fazendo (ou deveriam estar fazendo) os líderes mundiais reunidos nesta semana em Davos. É possível e imprescindível criar uma nova economia, com base em novos modelos, que incluam de fato os aspectos sociais e ambientais.


Ricardo Young - Colunista da Revista Carta Capital

quarta-feira, 31 de março de 2010

Não existem dois iguais.


"O certo é assim... Melhor seria daquele jeito...."
Nem sei mais, por quantas vezes ouço isso! Vivo sempre rodeadas de pessoas que são certas demais, santas demais, aceitas demais. Que sabem demais e acham que sabem mais ainda. Pessoas sempre cheias até a tampa de doutrinas, preconceitos. E elas se agarram a isso com toda força, acho que porque acreditam que assim serão mais bem vistas. Ou só pra tirar o peso da consciência, por não conseguirem ser perfeitas, santas, separadas. Pessoas assim ferem quem não se enquadre nesse patamar de santidade e perfeição.
Quero ser livre disso e de toda essa cheiura.
Quero ser vazia!
... e ter a liberdade pra escolher me encher só de coisas boas e legais.
Eu quero correr atrás de pombinha, brincar com as crianças da rua e elas me dizerem: "não é assim tia", enfiar o dedo na cobertura do bolo da minha mãe, tomar sorvete no pote e guardar no freezer de novo, comer feijão gelado com limão e tomate, ver o dia amanhecer na chuva.. do alto de um morro, guardar chiclete mastigado na geladeira e mergulhá-lo no açúcar pra ficar "novinho", entrar no drive-thru do habbib's ao contrário, chupar manga e ficar penteando os cabelinhos que se enfiam nos dentes com a língua, conversar sozinha até perder o assunto e sentir vergonha de mim, rs , conversar com minha melhor amiga até ficar sem assunto... e não ter vergonha disso, quero dar gargalhadas na maior altura, quero sorrir singelamente, sofrer se for preciso, chorar até ficar com sono.
Quero abraçar como se fosse o último abraço, beijar como se nunca mais fosse sentir outros lábios, ou os mesmos..., amar todas as pessoas que eu conseguir. Salvar o mundo inteiro a ver um monte de crianças correndo na minha direção pra me abraçar!
Quero discordar, discutir, surpreender, facilitar, ajudar, compreender o que quase ninguém entende. Me largar, andar com as roupas do meu pai, ficar fora de moda todas as estações, jogar fora um monte de tranqueira, dar minhas coisas pros outros, trocar, guardar um palito de picolé como lembrança. Fazer carinho em cachorros pulgentos de rua, comer docinho, dormir juntinho, sentir aqueles que eu gosto sempre perto, mesmo que quilômetros nos separem.
Quero me esconder, reconhecer, calar a boca e depois aparecer mais linda, mais forte.
Quero ser só eu!
Quero ser o que eu gosto de sonhar... de fazer... de ouvir... de viver.
Quero decidir. SIM! NÃO! Não sei...
Quero ser forte e amável, carinhosa do jeito que eu gosto. E até bobinha que é confortável. Quero ser inteligente, médica, autora de versos lindos, poemas que expressam o que todo mundo sente, mas que ninguém consegue explicar, iguais às músicas do Legião Urbana. Quero contar pra todo mundo o que um dia eu já aprendi. E quero que isso ajude alguém.
Eu não sou ninguém importante, que consiga fugir do anonimato social.
Não faço nada que impressione, nem sou admirada pelo meu jeito tão confuso.
Não consigo ser santa.
Não tiro boas notas.
Não canto bem.
Não tenho "cinturinha" e calço 39/40.
Não sou a melhor em alguma coisa.
Não sou inesquecível.
Não sou resolvida.
Muito desastrada pra ser sexy.
Não sei fazer textos maravilhosos, comoventes, com ideias mirabolantes.
Não sou rodeada de amigos.
E não sou mais um monte de coisa que agora não lembro, porque minha memória não é lá grande coisa.
Mas eu não quero ser diferente de mim por causa de outros.
Não quero esquecer das coisas que eu gosto, das minha comidas preferidas, dos costumes e manias de infância que o tempo não conseguiu desfazer, só pra manter uma aparência e me adequar ao que as pessoas determinam sobre o que é certo ou não.
Pecado é a gente não ser a gente. Não ser como Deus criou a gente pra ser.. Com a sensibilidade pra tantas coisas diferentes. Dons, especialidades, ou talvez nenhuma. Mas só o fato de não ter nenhuma já é diferente. Ele fez cada um com tanto capricho, pra cada um ser especial do seu jeito. E aí todo mundo começa a se copiar... perde a graça... não a graça engraçada... a graça divina. Porque acho que quando perdemos nossa essência, nos afastamos da essência de Deus...
Pode soar como heresia, mas pra mim, santidade é ser verdadeiro, sincero, transparente.
Assim... eu não vou ofuscar a visão das pessoas... para verem Deus, através de mim.
Eu quero ser somente quem eu verdadeiramente sou.


Lud.

domingo, 28 de março de 2010

Receita para arrancar poemas presos



A maioria das doenças que as pessoas têm
São poemas presos.
Abcessos, tumores, nódulos,
Pedras são palavras calcificadas,
Poemas sem vazão.
Mesmo cravos pretos, espinhas, cabelo encravado.
Prisão de ventre poderia um dia ter sido poema.
Mas não.
Pessoas às vezes adoecem da razão
De gostar de palavra presa.
Palavra boa é palavra líquida
Escorrendo em estado de lágrimas.

(...)
Viviane Mosé

sábado, 27 de março de 2010

Que delícia de espetáculo.


Tentei colocar o vídeo do espetáculo "Exotique" do circo Tholl de Pelotas, que eu assisti na tarde de hoje. O salão do livro rendeu bastante.. rs.
Mas o link tá aí. Não foi o que aconteceu aqui em Palmas, mas é tudo igualzinho. Quer dizer, quase... no daqui, o cara que fica girando no círculo tava com uma roupa bem brilhante. Foi lindo ver ele girando e brilhando!!
Quem quiser, clica aí no título da postagem e aproveita!


"Aplausos são abraços que todo mundo junto pode dar em alguém....
Ou em várias pessoas ao mesmo tempo."



Lud.

sexta-feira, 26 de março de 2010



Ontem a tarde fui no 6º Salão do Livro assistir a uma palestra dada por Viviane Mosé (psicóloga e psicanalista... e tem um quadro no Fantástico). Achei muito interessante, porque diferentemente de muitas palestras que vi por aí, ela faz questão de utilizar uma linguagem simples e acessível, para um tema bem atual... mas que as vezes é meio complicado da gente entender. Complicado porque muita coisa toda não é bem esclarecida, escancarada. Há sempre "panos quentes" por cima.. e a gente vai levando os acontecimentos... somente como acontecimentos. Por isso que muitas vezes não sabemos o que pensamos sobre certas coisas que acontecem. Não fazemos análises. Raramente paramos para fazer uma reflexão e ponte entre o passado e o presente, analisando as mudanças. E foi o que ela fez ao falar da "Mudança de valores no mundo contemporâneo". Um dos argumentos que ela utilizou foi o clássico avanço da tecnologia. Parece meio batido usar isso, e óbvio demais. Mas nesse caso é a mais pura verdade. Hoje a gente tem uma visão mais ampla do mundo, da sociedade e das pessoas graças ao acesso fácil a termos e conhecimentos que antigamente se concentravam nas mãos de pouca gente. A comunicação em rede faz com que estejamos interligados mantendo diversos tipos e níveis de relacionamentos. Isso permite com que vejamos em nós, as possibilidades de erros que os outros possuem e os defeitos que antes só cabiam às vítimas de nossas críticas. Ou seja, ninguém se mantém do mesmo jeito sempre, com os mesmos valores, os mesmo pensamentos. Um dia, nos corrompemos. Ou nos corromperemos. Portanto, ninguém pode definir o que é totalmente certo, ou totalmente errado. A personalidade de cada pessoa está sujeita a estágios de formação e transformação diferentes. Acho que se todos fôssemos criados de maneira igual, estivéssemos culturalmente e economicamente no mesmo nível, aí sim, seria justificável que isso acontecesse.

O fato de eu defender um valor não significa que eu tenha que discriminar/diminuir/menosprezar o valor do outro. Nessa hora entra uma questão chave, que vai determinar o nosso "nível" de respeito, tolerância e amor ao próximo. O conhecimento. Ele faz com que a gente não fique à mercê dos poderosos, dos manipuladores, dos valores e prioridades tão tentadores. O saber abrange nossa mente e faz com que a gente formule ideias, tenha opiniões e não aceite, sem antes ter uma visão crítica e analista sobre o que o sistema tenta empurrar guela a baixo. A gente precisa pensar diferente do que é mostrado na novela, discordar se for preciso do que um repórter diz, ser contra a desistência de lutar por uma possível melhoria na política, não nos contentarmos com o consumismo e com a vida perfeita que o dinheiro e a fama aparentemente possibilitam. Eu gostei demais da palestra da Viviane, porque me fez pensar, me fez construir ideias, ter opiniões a respeito do mundo, das pessoas e de mim mesma. E quanto mais eu olho pra mim, mais consigo compreender porque o mundo está tão corrompido. Porque vejo a possibilidade de eu ser tudo o que eu condeno na sociedade. Sou vulnerável a todos os erros produzidos por políticos corruptos, policiais impiedosos, julgamentos injustos, ao roubo, à usurpação, à calúnia, ao falso moralismo, ao fanatismo, à religiosidade, ao preconceito, ao orgulho, à inveja, à condenação, à superioridade, à indiferença. Mas também vejo algo maior ainda. A vontade de querer lutar pra que essas possibilidades não sejam maiores do que a mudança que pode ocorrer no mundo a partir da minha própria mudança. Isso me dá força, pra não desistir dos meus valores, por mais que eles estejam em decadência. Por mais que eles estejam fora de moda. Por mais que sejam utópicos. Por mais que eles estejam distantes dos valores do mundo contemporâneo.


Lud.